Pelo marco deixado na história dos veículos duas rodas, o ícone italiano Vespa dispensa qualquer apresentação. Glamourosa e clássica, mais do que uma simples scooter, a pioneira Vespa é um estilo de vida! Charme, elegância e praticidade andam juntas quando o assunto é o modelo de scooter mais copiado das últimas décadas.
E novembro é um mês recheado de boas-novas para todo “appassionato” pelo jeito inconfundível Vespa de ser… Pela segunda vez desde que voltou ao Brasil, a Vespa vai participar do Salão duas Rodas 2019, que acontecerá dos dias 19 a 24 de novembro no São Paulo Expo. A grande expectativa do estande da Vespa será o lançamento do novo modelo escolhido a dedo para ser lançado no Brasil em 2020, além de trazer outros modelos icônicos para serem apreciados pelos visitantes do maior evento do segmento duas rodas no País.
A Irreverência e elegância da Vespa Classic VXL 150, o modelo que mudou a história nos anos 40’ continua sendo fonte de inspiração para quem busca praticidade. Repaginada, a Vespa Classic VXL 150 ganhou novos freios auxiliados por ABS. O painel digital de fácil leitura, pneus mais amplos e rodas de liga leve são outros pontos de destaque deste clássico que fará bater mais forte os corações com seu motor 150 cc. Tudo isso com cinco opções de cores: vermelho, amarelo, branca, preto fosco e azul claro.
Mantendo o conceito revolucionário característico, a Piaggio apresenta o modelo MP3 Business LIT de três rodas. Ergononomia e segurança garantem potência e agilidade ao motor de 300cc da MP3 Business em todas as situações. O que faz do modelo único em sua categoria é a exclusiva e inovadora tecnologia das rodas frontais. A MP3 Business faz curvas e contorna obstáculos com maior performance e aderência extraordinária nunca vista sobre três rodas. Vale ressaltar que já são mais de 130 mil veículos vendidos pelo mundo…
Definida pela marca como “Brio, caráter e desempenho” a Vespa GTS 300 Super é um modelo com características esportivas. O diferencial da categoria é o poderoso motor de 300 cc, o primeiro motor desta cilindrada em uma Vespa.
Certamente, os corações já estão acelerados à espera de poder conferir de perto cada detalhe dos modelos Vespa-Piaggio no estande Vespa! Do intelectual ao aventureiro, todos os estilos se unem no universo Vespa, onde o sonho é vivido de modo real e verdadeiro. Vespa, a marca da história que continua fazendo parte de muitas histórias de vida…
E continuando as novidades deste ano, estas vêm em dose dupla… A marca italiana abriu uma nova concessionária em Belo Horizonte, na Avenida Barão Homem de Melo, 4385, Estoril. Quem visitar a boutique encontrará os modelos disponíveis da Vespa além de uma diversidade de acessórios, como capacetes, canecas, camisetas e tudo mais que levar a assinatura Vespa. Segundo De Paola, “podemos dizer que todo amante e fã da Vespa ganhou um espaço novo onde poderá realizar o sonho de ter a sua”.
A princesa e o plebeu foi o primeiro filme norte americano feito inteiramente na Itália estrelando aquela que se tornaria um ícone italiano, a scooter Vespa. Vespa nos filmes mostra obras cinematográficas que contém a scooter Vespa como adereço de cena. Em algumas produções cinematográficas, a Scooter aparece no fundo em alguns segundos, como em Alfie, o sedutor. Nos filmes como Caro Diário e A princesa e o plebeu, a nossa amada scooter tem um peso de papel coadjuvante!
Na coleção Vespa nos filmes, as Vespas fazem participações em produções do cinema de várias partes do mundo. A amostra porém é apenas uma pequena parcela. Centenas de filmes ajudaram a fazer da Scooter o adereço de cena mais reconhecível na história do cinema. Em 1953, quando a primeira vespinha de dois tempos apareceu pela primeira vez na comédia romântica A Princesa e o Plebeu, ajudou à alavancar as vendas da Vespa para além de 100.000 unidades vendidas no ano, elevando a scooter para um status de ícone.
Abaixo, tem uma pequena seleção de filmes que têm a Vespa como um importante adereço de cena. Para uma coleção maior, visite a Vespa nos filmes, no forum Ivespa.
A jovem blogueira viajante de 27 anos da cidade de Beijing, viajou mais de 20 mil quilômetros pela Ásia, Russia e Europa na sua Vespa GTS 300 IE. Na Itália ela fez uma parada em Pontedera, na Toscana, para visitar o museu Piaggio e a fábrica da Vespa. E então continuou em sua aventura.
Ela é Yu Jin – mais conhecida nas redes sociais como Yu Fish – uma blogueira de viagens chinesa de 27 anos, seguida por mais de 70 mil fãs: Pilotando a sua Vespa GTS 300, ela viajou aproximadamente 20.000 km pela Ásia, Rússia e Europa, a partir de Pequim.
Em 10 de abril de 2018, ela chegou a Pontedera (Pisa), na Toscana, para visitar o Museu Piaggio, recebido pela Vespa Club de Pontedera e Eugenio Leone (associação da ANCI City of Engines); depois, fez uma parada na fábrica Piaggio nas proximidades, acompanhada pelo secretário Marco da Vespa World Club, para visitar as linhas de montagem da Vespa (onde as famosas scooters foram construídas sem interrupção desde 1946) e a área de exibição de veículos da fábrica, onde Yu posou para uma foto de lembrança junto com a luxuosa Vespa 946 (RED).
Finalmente, uma rápida visita ao revendedor Busdraghi, para um check-up da Vespa, de onde ela partiu para novas aventuras.
Yu Fish (usando uma trança rosa falsa presa ao capacete, na qual ela acoplou uma câmera que filma seus passeios) é uma verdadeira fã da Vespa e muito corajosa: ela viajou por territórios inóspitos, enfrentando condições climáticas extremas.
Depois de alguns dias de folga na Itália, que ela adora (incluindo a culinária, principalmente a pizza), ela partiu novamente em sua Vespa: com destino ao norte da África, com mais paradas na Espanha, Holanda e depois na Turquia e Ásia Central, retornando a Pequim em Agosto. No final, ela percorreu mais de 44.000 quilômetros … “Se não fosse pelas minhas necessidades de parar, nunca sairia da minha Vespa” Admitiu, sorrindo.
Fã de teatro e shows de música, ela diz que está realizando seu sonho graças ao “amor da minha vida: a Vespa! Eu era funcionária de escritório, mas depois de comprar a scooter há dois anos, me demiti porque percebi que a felicidade para mim era viajar sobre duas rodas para descobrir o mundo “.
Ela se financia através de seu blog, onde narra cada quilômetro percorrido. Durante a visita à fábrica da Vespa, ela comentou: “Esses trabalhadores têm muita sorte de estar em contato com a Vespa o dia todo … é lindo demais!”. Obrigado Yu.
O novo museu expandido da Piaggio foi aberto ao público no dia 21 de abril, com a exposição “FuturPiaggio – 6 aulas sobre a mobilidade e vida moderna italiana”. O museu também abrigará cinco coleções permanentes para contar a rica história de mais de 130 anos da Piaggio.
Após 18 anos de atividade com grande sucesso, este confirmado por seus mais de 600.000 visitantes, o Museu Piaggio foi completamente renovado e passou de 3.000 para 5.000 metros quadrados, com mais de 250 peças em exibição. O novo museu tornou-se o maior museu de motocicletas da Itália e um dos maiores da Europa.
O museu Piaggio percorre toda a história do transporte: navios, trens, aviões, carros, scooters e motocicletas que nasceram da matriz de suas marcas. O Grupo Piaggio possui as marcas Piaggio, Vespa, Moto Guzzi, Aprilia, Gilera, Derbi e Ape.
Para mais informações, entre em contato com o Museu Piaggio
Mantua, Nomeada pela UNESCO como patrimônio da humanidade por seu charmoso cenário renascentista. Foto: Xbrchx / Adobe Stock
Subimos na nossa Vespa, nós finalmente conseguimos. Por uma noite, fomos os reis de Milão.
Como muitos de vocês devem saber, o norte da Itália é recheado de cidades e vilas pitorescas. Um destes exemplos é Mantua, uma cidade nomeada pela UNESCO como patrimônio da humanidade graças ao charme renascentista do seu cenário urbano. Visitar estas cidades é realmente uma experiência única, pois você vai se ver rodeado por arte, obras primas da arquitetura, e natureza exuberante. No entanto, viajar de uma cidade para outra é a melhor parte desta viagem. E neste artigo eu vou falar sobre a viagem mais fantástica que já fiz na minha vida.
Certo dia, eu e um amigo estávamos em Peschiera, uma cidade ao sul do lago Garda, o maior corpo de água da Itália. Era um dia qualquer de março, e o dia estava perfeito: sem nuvens no céu, com uma brisa fresca vindo do norte. Estávamos na cidade esperando um trem para Milão pois iríamos à um festival de música naquela noite. Já que chegamos cedo, decidimos relaxar no lago aquela manhã, e pegar o trem para Milão durante a tarde.
Enquanto relaxávamos num banco próximo ao lago, fumando enquanto contávamos piadas um para o outro, eu tive uma epifania. De repente, a figura de Giorgio Bettinelli apareceu na minha mente. Para aqueles que não sabem do que eu estou falando, ele é um ex-letrista, que passou parte da sua vida viajando ao redor do mundo a bordo de uma scooter Vespa. Sobre aquelas duas rodas, ele cruzou quase todos os países do mundo, da Austrália ao Iêmen, do Alasca até a Terra do fogo. O mais importante fator de todos, é que ele era um dos meus maiores ídolos.
Lago Garda, Itália.Foto: Maria Michelle / Pixabay
Durante o meu primeiro ano de universidade, eu li um livro de Bettinelli chamado “Na Vespa”, no qual ele narra a sua primeira viagem de Vespa de Roma à Saigon, uma cidade vietnamita também conhecida como “Ho Chi Minh”. Este livro realmente me impressionou. Desde então eu vim sonhando em viajar para algum lugar distante com a minha própria scooter, mesmo que fosse por apenas alguns quilômetros.
Já que Milão fica a 137 quilômetros de Peschiera, eu disse ao meu amigo: “E se a gente fosse para Milão de scooter? O GPS informou que isso dá umas três horas de distância pelas estradas provinciais. Se sairmos agora, chegaremos em Milão antes do jantar.” Meu amigo me olhou por um momento, mas depois sorriu enquanto dizia: “Por quê não? Vamos lá.”
Subimos na minha Vespinha e fomos para o Oeste. Alguns quilômetros depois, cruzamos a primeira fronteira: Deixávamos a região de Veneto para trás, e entramos na Lombardia, enquanto nos aproximávamos de Sirmione del Garda. Ainda tínhamos um longo caminho a percorrer, mas aquilo já foi um primeiro passo. Os primeiros 30 quilômetros da nossa viagem nos revelou um panorama estonteante: colinas suaves abraçavam gentilmente dois lindos vilarejos, Lonato del Garda e Montichiari. Seus castelos empoleirados e suas igrejas com torres azuis abobadadas perfuravam o céu, enquanto nós apenas passamos, admirando a paisagem.
Músico, autor, aventureiro, Giorgio Bettinelli. Foto: G.B. Facebook
Depois que passamos estas duas cidades, a paisagem se tornou totalmente plana: campos verdejantes se alongavam até onde a vista conseguia alcançar. Nós havíamos entrado no Vale Po, a maior planície da península italiana que cobre quase todas as regiões do norte. Eu e meu amigo estávamos compartilhando um headphone, cada um com um fone diferente. A playlist de jazz e rock que ouvíamos naquele trecho da estrada combinou perfeitamente com o momento.
Naquele ponto, deixamos 50 quilômetros atrás de nós, e decidimos parar em um posto de gasolina perto de Offlaga. Se você está se perguntando por quê este nome soa familiar, é porquê este é o nome de uma banda de música eletrônica italiana, mais conhecida como “Offlaga disco pax”, que ganhou este nome graças a sonoridade estranha da palavra.
Descemos da nossa Vespa e alongamos as nossas pernas. Tomamos dois cafés expressos, e logo depois estávamos prontos para cair na estrada novamente. Havíamos cobrido metade do caminho, e estávamos bem feliz a respeito.
Vale Po, Itália. Foto: Hans Braxmeier / Pixabay
A próxima vila grande que vimos foi Orzinuovi, e enquanto a atravessamos, eu vi na minha esquerda uma outra vila grande. Não muito longe dali eu pude vislumbrar uma grande igreja arredondada, feita de tijolos vermelhos que se destacava na paisagem. Eu me perguntei à qual cidade pertencia aquela igreja tão solene, quando de repente o nome veio na minha mente: Era Crema, a vila natal de Giorgio Bettinelli
Esta visão encheu meu coração e minha mente de alegria. Eu percebi que estava fazendo uma espécie de peregrinação, e me senti como se estivesse, naquele momento e naquele local, saudando a pessoa que me ensinou a como levar minha vida à uma rota diferente – Eu deveria focar menos nos meus problemas e mais nas coisas que me inspiram a sonhar.
Com isso em mente nós chegamos na fronteira sul de Milão. O cenário começou a mudar: grandes complexos industriais começaram a aparecer à distância, todos envoltos em parques verdejantes. Aquilo era Metanopoli, uma cidade construída em 1952 pela ENI (Agência nacional de hidrocarbonetos) para os seus inúmeros funcionários.
Depois que atravessamos o subúrbio, cruzamos um grande viaduto. Mesmo que fosse quase 7 da noite e o céu estava ficando escuro, algumas luzes do por do Sol ainda iluminavam o céu.
A visão dos edifícios do centro de Milão encheram a mim e ao meu amigo de uma sensação incrível. Quatro horas desde que subimos na nossa Vespa, nós finalmente conseguimos. Por uma noite, fomos os reis de Milão.
A cidade de Milão sob a luz dourada do por-do-Sol. Foto: Alberto Ialongo / Adobe Stock
Este artigo apareceu pela primeira vez na revista Italics e foi republicada aqui com permissão do publicador.